De fundamental importância para o desenvolvimento econômico da Grande Vitória, a mobilidade, com novas vias, terá papel importante para atrair novos negócios, como de área retroportuária, e, dessa forma, urbanizar a região rural de Vila Velha.
O tema foi um dos pontos abordados durante a 23ª edição do Café Empresarial da Associação dos Empresários de Vila Velha (Assevila), que aconteceu nesta quarta-feira (27).
Durante o evento, o prefeito de Vila Velha, Arnaldinho Borgo, destacou que a cidade canela-verde, através do Terminal em Capuaba, recebe grande parte dos veículos elétricos e híbridos que chegam ao País, tendo a necessidade de área de retroporto.
“No passado, foi autorizada a ocupação residencial mais próxima do porto. Uma das vocações de Vila Velha é portuária e precisamos de uma área retroportuária pujante. Nesse sentido, o governo do Estado está finalizando o projeto da segunda ponte do Rio Jucu, que vai ligar as rodovias Leste-Oeste e ES-388, desenvolvendo a região cinco”, explicou.
Essa região de Vila Velha compreende 54% do território do município, atualmente zona rural, e com o desenvolvimento começará a se transformar em zona urbana, afirmou o prefeito. Ele citou ainda as obras da ES-388, ligando a Grande Terra Vermelha à BR-101 Sul, em Amarelos, Guarapari.
“A ES-388, que corta toda a região rural de Vila Velha, fará com que melhore a mobilidade, interligando com Viana e Guarapari, sendo fundamental para a logística daquela região”, disse.
Obras
Arnaldinho destacou também a entrega das obras da avenida Linhares, que corta bairros da região 5, e das obras que estão sendo feitas na avenida São Gabriel da Palha, em Vale Encantado.
“A chamada Reta do Vale terá asfalto de concreto, pois temos grandes empresas de importação e exportação, e principalmente que fazem a exportação de pedras de granito e de mármore com trânsito de caminhões pesados”, disse.
O presidente da Assevila, Thomaz Tommasi, explicou que o evento foi uma oportunidade de conexão da cadeia produtiva com o poder público, com anúncios relevantes para a mobilidade da região metropolitana.
“Essa oportunidade de conexão é a atividade do associativismo local. Então, estar próximo da prefeitura, da Câmara de Vereadores e do governo do Estado é o nosso objetivo. Mobilidade urbana é um assunto importantíssimo para o desenvolvimento econômico”, afirmou Thomaz Tommasi.
Solução para as BRs e novos aeroportos
O governador Renato Casagrande destacou que o Estado está resolvendo “problemas do passado”.
Casagrande citou as BR-101 e BR-262, a atual boa estrutura do Aeroporto de Vitória, a construção do aeroporto em Linhares e falou sobre o que será construído em Cachoeiro de Itapemirim, no Sul do Estado, além dos investimentos privados do setor portuário.
O governador afirmou que está trabalhando para tirar do papel a EF-118, até Anchieta e depois a ligação até o Rio de Janeiro.
“O governo federal vai começar as audiências públicas para ligar a ferrovia daqui com o Rio de Janeiro. Também estamos trabalhando para a ligação ferroviária com a região central (do País), com Minas Gerais, Goiás e Brasília. Estamos resolvendo problemas do passado para apontar o futuro do nosso Estado”, disse.
O governador afirmou que o novo sistema tributário exigirá investimentos fortes em logística para o Espírito Santo ter capacidade de comunicação com o mundo e o mundo se comunicar com o Brasil através do Espírito Santo.
Casagrande contou que serão investidos entre R$ 10 bilhões e R$ 12 bilhões em infraestrutura nos dois próximos anos, com destaque para os investimentos em mobilidade, e destacou obras como da ES-115, na Serra, que ligará os polos logísticos e industriais da região de Civit com Aracruz. A primeira fase da obra está em andamento até Nova Almeida (Serra), e será entregue no início de 2025.
Casagrande também destacou obras para meios como bicicletas, com ampliação da Ciclovia da Vida até Setiba, em Guarapari, pela orla de Vila Velha até a Cidade Saúde.
“O Estado está organizado para que a gente possa em 2025 e 2026 continuar com fortes investimentos nessa área de infraestrutura. De 2019 até 2024, nós estamos fazendo perto de R$ 16 bilhões de investimento em infraestrutura. O governo que me antecedeu fez R$ 2,5 bilhões em quatro anos. Nós, em seis anos, estamos fazendo R$ 16 bilhões”, disse.