Até sábado, 15 de março, o mundo comemora a Semana do Glaucoma. O alerta é importante, já que a doença é a segunda maior causa de cegueira e a principal causa de cegueira irreversível no mundo. A campanha é uma iniciativa da World Glaucoma Association (WGA), a Associação Mundial do Glaucoma, e chama a atenção para a necessidade dos exames preventivos e do diagnóstico precoce da doença.
Os dados apontam que aproximadamente 4% da população mundial adulta tem perda visual e 1% é cega. Nesse universo, 25% das pessoas tiveram a cegueira provocada pelo glaucoma. Por isso, a recomendação é para que todas as pessoas façam exames dos olhos e do nervo óptico regularmente, com o objetivo de detectar o glaucoma o mais cedo possível.
A oftalmologista Judith Azevedo, do Hospital de Olhos Vitória (HOV), afirma que há tratamentos disponíveis para todas as formas da doença. “O glaucoma é causado pelo comprometimento do nervo óptico, a estrutura responsável exatamente pela formação da visão. Se a pressão intraocular se mantém em níveis muito altos, crescem os riscos do nervo óptico sofrer lesões irreparáveis, levando à cegueira”, explica.
Ela diz ainda que o processo até que apareçam os primeiros sintomas é longo e que a predisposição genética é o principal fator para o aparecimento da doença. Outros fatores são: etnia africana (para glaucoma de ângulo aberto) ou asiática (glaucoma de ângulo fechado), idade acima de 40 anos e miopia em grau elevado.
“O envelhecimento é uma questão importante e os exames com o oftalmologista são fundamentais, principalmente a partir dos 40 anos de idade. Uma vez diagnosticado o problema, o tratamento busca reduzir os níveis da pressão ocular, o que pode ser obtido por meio de colírios, procedimento a laser e até mesmo cirurgia, se necessário”, ressalta a Dra. Judith Azevedo.