Um confronto entre a Polícia Militar e dois adolescentes terminou na morte de dois jovens na manhã desta quinta-feira (3), em Marechal Floriano, na região Serrana do Espírito Santo. Segundo as investigações, a dupla planejava matar um rapaz, mas o plano não deu certo.
O caso aconteceu em um depósito de um barraco. Segundo testemunhas, os jovens estavam escondidos em um banheiro desativado. Elas contaram que o alvo seria um jovem de 22 anos, que mora bem aqui ao lado.
As testemunhas também disseram que eles passaram a madrugada de tocaia, esperando que o alvo dos criminosos, viesse pegar uma bicicleta no local para trabalhar. Mas o plano da dupla não deu certo, porque o jovem teria perdido a hora, e a polícia chegou antes.
A mãe do jovem falou sobre o desespero ao saber que seu filho era o alvo dos adolescentes.
“Se esconderam aqui desde a madrugada. Eles estavam esperando o meu filho sair de casa para matá-lo. E aí, a polícia chegou. Eles atiraram na polícia e, por fim, morreram”, disse a mãe da vítima.
A mãe também contou que, recentemente, seu filho havia deixado o tráfico de drogas, mas que os adolescentes queriam forçá-lo a voltar.
“Por causa de droga, só pode ser isso, porque meu filho também é envolvido com droga e eles também, foi tudo por causa de droga. Antes mesmo ele estava conversando comigo e ele vendia droga e diz ele que parou. E ele falou bem assim que tinha gente atrás dele por esse motivo, porque ele tinha parado, por isso. Foi o que ele mesmo me passou e queria que ele voltasse a vender droga e eu em cima dele para não, porque isso não é futuro não. Tem que trabalhar para ter as coisas dele honestas.”
Os corpos dos adolescentes foram encaminhados para a Seção Regional de Medicina Legal em Venda Nova do Imigrante. As investigações continuam.
Apesar de aliviada pela sobrevivência do filho, a mãe lamentou as mortes dos adolescentes. “É muito triste, porque são jovens. Mesmo se eu tivesse perdido meu filho, é muito triste. Mesmo que foi os dois, porque assim, são de menores. Então, tinha uma vida toda pela frente. É muito triste.”