domingo, 23 de fevereiro de 2025

Professor é suspeito de estuprar 21 alunas na Grande Vitória

 

 

A Polícia Civil investiga 21 denúncias de estupro feitas por estudantes de escolas de Vila Velha e Cariacica contra um professor, de 44 anos. As vítimas têm entre 9 e 16 anos e o suspeito está preso preventivamente, enquanto as investigações continuam.
A adjunta da Delegacia Especializada de Proteção à Criança e ao Adolescente (DPCA), delegada Gabriella Zaché, explicou em coletiva de imprensa, na manhã desta terça-feira (19), que um boletim de ocorrência foi registrado na unidade policial no dia 4 de novembro deste ano. A denúncia narrava que um professor substituto teria passado a mão nas partes íntimas de cinco alunas de 9 anos.
As vítimas foram ouvidas pela equipe do setor psicossocial da DPCA e narraram como o crime aconteceu. Após os depoimentos, foi pedida a prisão preventiva do professor. O suspeito foi preso em casa, na cidade de Vila Velha, no dia 10 de novembro.
“Foi feito um levantamento na DPCA e encontramos procedimentos anteriores em relação a esse mesmo professor, que narravam esse mesmo tipo de conduta dele com outras alunas de 9 a 16 anos, que ele passava a mãos nas partes íntimas dessas alunas”, explicou a delegada adjunta da DPCA.
Segundo ela, o suspeito entrou para o magistério em 2013 e os abusos foram cometidos contra estudantes das redes municipal e estadual, onde o professor deu aula. Em Cariacica, foram identificadas sete vítimas.
A delegada informa que as escolas faziam a apuração interna das denúncias e orientava os pais a registrarem ocorrência para que os casos fossem investigados pela polícia, mas muitas das famílias não levavam as queixas até as autoridades.
“Importante ressaltar que os pais não fiquem inibidos por esse tipo atitude por ser um professor, uma autoridade escolar, e que denunciem, porque é o dever da polícia apurar se realmente aconteceu o crime”, disse a adjunta da DPCA.
PERFIL CARISMÁTICO
Aos policiais, o professor alega que tem um perfil carismático e que gosta de abraçar as pessoas, sendo que esse foi o erro que ele teria cometido.
No entanto, para a polícia, o suspeito se aproveitava desse contato com as alunas para cometer os abusos sexuais.
“Ele alega que sempre teve um perfil carismático, de abraçar muito, de toque, que era muito permissivo e esse foi o erro dele. Mas, pelo que foi apurado, não era um gesto de carinho, era um gesto sexualizado o que ele fazia com as crianças”, ressaltou a delegada adjunta da DPCA.
A polícia pede que outras possíveis vítimas procurem a DPCA, em Jucutuquara, Vitória, para registrar boletim de ocorrência para que o caso seja investigado.
ALUNA PERSEGUIDA ATÉ O BANHEIRO
O adjunto da Delegacia Especializada de Proteção à Criança e ao Adolescente (DPCA), delegado Leonardo Vanaz, explicou que após a denúncia dos casos em escolas de Cariacica, a equipe da unidade policial averiguou que o suspeito também deu aulas em escolas de Vila Velha entre os anos de 2014 e 2019.
Segundo o delegado, nesse período, foram registradas reclamações de pais de alunos sobre a conduta do professor, porém não havia registro de boletins de ocorrência para que as situações fossem apuradas. Diante disso, a equipe da delegacia decidiu instaurar um inquérito para investigar as reclamações e identificou, até o momento, 14 vítimas nas escolas do município, totalizando 21 com as alunas identificadas em Cariacica.
As vítimas foram ouvidas na delegacia e um dos depoimentos chamou a atenção dos policiais.
“A vítima tinha 14 anos, na época dos fatos, e começou a ser perseguida pelo professor no ônibus que ia para a escola. Ele começou a mostrar vídeos pornográficos no ônibus para ela, começou a dar em cima dela e a constrangê-la nas aulas”, detalhou o delegado.
Essa mesma aluna revelou que foi perseguida pelo suspeito ao sair de sala de aula e ir até o banheiro, durante uma aula. “Em determinado dia, a vítima narra que pediu para ir ao banheiro durante a aula. Ele teria perseguido a aluna, entrou no banheiro, encurralou ela, forçando beijo e outros atos libidinosos. Ela narra que, na época, ela a família optaram por não registrar o fato, que está sendo investigado agora”, afirmou o adjunto da DPCA.
ALERTA AOS PAIS
O delegado-geral da PCES, José Darcy Arruda, afirmou que os crimes praticados pelo professor são classificados patologicamente como perversos e que o docente tem um dever de cuidar e proteger os alunos.
“Quero dizer a toda população, diretores de escola e pais que observem o comportamento de seus filhos conversem com seus filhos, perceberam se eles estão muito calados e introvertidos. A escola é um local de segurança e não pode acontecer isso. Também aos diretores e educandários que, ao perceberem o comportamento de professores e qualquer outra pessoa dentro de escola que possa possibilitar esse tipo de crime, que comunique a DPCA. Não vamos permitir que essas pessoas continuem abusando de nossas crianças”, garantiu Arruda.

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