A comissão de Proteção à Criança e Adolescente da Assembleia Legislativa promoveu na última quinta-feira (30), uma audiência pública em Coqueiral de Aracruz, Norte do Estado, para tratar assuntos a respeito da segurança de escolas.
A necessidade de fazer a audiência no bairro do município de Aracruz veio por conta dos ataques às duas escolas, no fim do ano passado, promovidos por um adolescente que deixou vítimas fatais.
O encontro foi proposto pelo deputado estadual Alcântaro Filho (Republicanos), presidente da comissão, e contou com a presença de secretários do governo, como o de Segurança, Alexandre Ramalho.
“O poder público falhou, tanto a polícia quanto qualquer outro ente do governo do Estado ou do município não estava preparado para tudo aquilo que aconteceu”, disse o deputado.
Já o secretário de Segurança, Alexandre Ramalho, destacou que o Executivo está tomando todas as medidas para prevenir esse tipo de atentado no futuro.
Emoção
Em uma fala emocionada, Juliana Pessoti fez todo auditório a aplaudir de pé por um longo período. A mãe da estudante Thaís Pessoti, que sobreviveu ao atentado e somente nesta semana voltou para casa, falou como foi e ainda está sendo difícil enfrentar essa nova realidade. A professora falou com orgulho de como a filha vem avançando no tratamento e enfrentando os desafios.
“Foi um momento muito difícil e está sendo muito difícil. Voltar para casa é como se a gente ainda estivesse vendo um filme. A Thaís tem consciência do que aconteceu com ela. Ela não fala porque a bala atingiu a parte do cérebro responsável pela compreensão e pela fala. Ela tem tido muita garra e muita força para superar todos esses obstáculos. A Thaís ainda tem muitas etapas para conquistar. Mas o meu coração de mãe diz que a gente só não quer viver isso de novo. A gente como pai e mãe, a gente tem que olhar para os nossos filhos, a gente tem que conversar, tem que falar sobre tudo e cumprir o nosso papel”, enfatizou.
Relembre o caso
Na manhã de 25 de novembro de 2022 um adolescente de 16 anos invadiu duas escolas, uma pública e uma particular, no município de Aracruz. O invasor estava armado e abriu fogo contra alunos e servidores das instituições. Quatro pessoas morreram, entre elas uma estudante de 12 anos e outras 12 pessoas ficaram feridas.