Vila Velha, um dos municípios mais relevantes do Espírito Santo, é atravessado pelo Rio Jucu em aproximadamente 16 km e conta com um litoral de quase 32 km. Desde o início de sua ocupação, na histórica Prainha, o desenvolvimento econômico do município foi impulsionado pela proximidade com Vitória, que se tornou a capital estadual. Esse crescimento de norte a sul trouxe desafios significativos de integração territorial, intensificados pelo acelerado aumento populacional e econômico nas últimas décadas. Diante disso, a construção de uma nova ponte sobre o Rio Jucu surge como uma solução estratégica para conectar as diversas regiões da cidade e aliviar os persistentes problemas de tráfego.
Atualmente, Vila Velha dispõe de duas pontes sobre o Rio Jucu, ambas localizadas em pontos extremos do município. A primeira, na BR-101, marca a divisa com Viana e é crucial para o tráfego interestadual, funcionando como um corredor logístico de importância nacional. A segunda, na Rodovia do Sol, próxima à foz do rio, na Barra do Jucu, atende ao fluxo estadual e municipal. No entanto, esta última está severamente sobrecarregada, especialmente nos horários de pico, em razão do crescimento populacional acelerado na Região 5, conhecida como Grande Terra Vermelha.
A Grande Terra Vermelha, com cerca de 100 mil habitantes, destaca-se como uma das áreas de maior potencial de crescimento em Vila Velha. A região, de topografia plana, é cortada pela ES-388, que a conecta à Rodovia do Sol e, pela ES-477, ao município de Guarapari, formando um importante eixo logístico de aproximadamente 25 km. Além disso, a integração da ES-388 com os 9 km da BR-101 que cruzam Vila Velha e com o Contorno de Viana, já contratado e que ligará a ES-388 à BR-262, reforça a importância econômica e estratégica da região. Esse cenário evidencia a necessidade urgente de investimentos em infraestrutura e serviços para atender à crescente demanda da população.
Nesse contexto, a construção de uma terceira ponte sobre o Rio Jucu, ligando a ES-388 ao bairro Vale Encantado, na Grande Cobilândia, desponta como uma solução indispensável. Essa nova via se integra
Henrique Casamata é Engenheiro.
O texto descrito é um pensamento do autor.