Golpistas têm procurado consumidores endividados para aplicar golpes utilizando boletos e chaves Pix falsos, de acordo com a Serasa.
A empresa de score de crédito identificou 3 mil boletos e chaves Pix enganosos entre mais de 10 mil consultas ao seu validador de pagamentos, ferramenta lançada em novembro que permite verificar se o boleto é verdadeiro. Segundo a Serasa, a pesquisa não tem recortes por região ou estado.
Essa é apenas uma amostra das tentativas de fraude, já que nem todos os clientes verificam a procedência do boleto.
Segundo a especialista da Serasa, Camila Cruz, com a alta demanda de inadimplentes buscando renegociar as dívidas no Feirão Serasa Limpa Nome, os fraudadores estão se aproveitando para aplicar golpes nos consumidores.
No geral, os golpistas se passam por representantes de empresas que renegociam dívidas nas redes sociais para oferecer propostas que seriam melhores do que as do mercado.
“Nós não enviamos boletos ou códigos pelas redes sociais, também não chamamos os consumidores através de mensagens para falar de pagamentos e também não geramos boletos em nome de pessoas físicas”, explica Camila.
A especialista da Serasa reforça que a única forma de renegociar e quitar dívidas é por meio dos canais oficiais da empresa. “Através do validador, no site www.serasalimpanome.com.br, o consumidor consegue inserir os dados e verificar se as informações do boleto ou chave Pix são verdadeiras”, diz.
Ela explica que a Serasa só se comunica com clientes por seus canais oficiais: e-mail, telefone e WhatsApp, verificado por selo azul.
De acordo com a Federação Brasileira de Bancos (Febraban), são processados cerca de 6 bilhões de boletos anualmente e a instituição calcula que, desde 2018, uma média de R$ 450 milhões em boletos fraudulentos vêm sendo eliminados por ano. Boletos e Pix são os dois meios de pagamentos mais utilizados hoje no Brasil.
Se for vítima dos golpistas, a orientação da Polícia Civil é de que faça o registro do boletim de ocorrência, pelo portal Delegacia Online, no pc.es.gov.br/delegacia-on-line ou indo a delegacia mais próxima. É importante ter prints (capturas de tela), com as mensagens e do comprovante de transferência para registrar.
No entanto, como o cliente faça a transação de forma intencional, as instituições e empresas ficam livres da responsabilidade de ressarcimento.