A Petrobras reajustou os preços da gasolina nas refinarias e, com isso, o litro do combustível deve ter alta de cerca de 6% nas bombas.
Para o motorista que quer economizar o máximo possível ao volante, confira abaixo no fim da reportagem um guia sobre o que é mito e o que é verdade na hora de fazer uma “direção defensiva” contra a alta de preços.
Desde esta quarta-feira (16), a estatal aumentou em R$ 0,41 por litro o seu preço médio de venda de gasolina para as distribuidoras, que passará a ser de R$ 2,93 por litro. O aumento representa uma alta de 16,3%.
Em alguns postos da Grande Vitória, o valor do litro da gasolina comum já chegou a R$ 6,98 nesta quarta-feira, a exemplo de um posto na Praia de Itaparica, em Vila Velha. Em um posto da Serra, o valor era de R$ 6,49; e em Vitória, de R$ 6,29 em alguns locais de abastecimento.
Pela manhã, em um posto da capital, houve fila de espera para abastecer com o valor sem reajuste, a R$ 5,15. Nacionalmente foi registrada nos últimos dias a informação sobre a restrição nas entregas de combustíveis em algumas bases de distribuição para os postos.
Mas a Agência Nacional de Petróleo (ANP) afirmou que não há desabastecimento de diesel e gasolina no País. Consultada pela Federação Nacional do Comércio de Combustíveis e de Lubrificantes (Fecombustíveis), a ANP informou que os níveis de estoques estão em normalidade.
Porém, o Estado é um caso particular e muito mais sensível a esses momentos de restrição, segundo o Sindicato do Comércio Varejista de Derivados de Petróleo no Estado (Sindipostos-ES).
“Temos só duas bases de abastecimento, que dividem espaço com outros produtos e uma delas ainda sofre impactos das condições meteorológicas. Já temos informações de que algumas distribuidoras estão retirando, por via terrestre, combustíveis em bases nos estados vizinhos”, disse em nota.
Segundo o sindicato, como já é de conhecimento geral, essa alternativa ameniza o problema da restrição de produto, porém representa aumento no custo do produto.
Cabe registrar, também, o aumento das importações de gasolina e diesel, que hoje representam cerca de 20% do volume comercializado no País e suprem a defasagem de produção da Petrobras. Porém, esse produto tem na sua composição de custo o frete e a flutuação do dólar.
O que é mito e o que é verdade
Desligar o ar compensa?
Manter o aparelho desligado pode fazer o motorista poupar até 25%. Mas, em estradas e vias expressas, nem sempre compensa o sacrifício de desligar o ar-condicionado e abrir as janelas. Isso porque, com os vidros fechados, a resistência aerodinâmica é reduzida, e a economia de combustível pode chegar a 10%.
Esvaziar o porta-malas ajuda?
Quanto mais leve o carro, menor o consumo de energia. Então o motorista que acumula volumes no porta-malas precisa fazer uma faxina. A carga desnecessária sobrecarrega o veículo, que precisa de mais força para acelerar, e, por isso, consume mais combustível.
Tanque cheio “pesa” no consumo?
Abastecer menos para trafegar com o carro mais leve não traz muita economia, principalmente se o motorista eventualmente calcular mal o consumo e ficar sem combustível.
“Pisar leve” economiza?
A condução mais lenta não necessariamente faz o veículo poupar combustível. O que interfere é se a velocidade é estável num determinado trecho, evitando acelerações e frenagens bruscas. O motorista precisa manter a rotação do motor na faixa de 2 mil RPM (rotações por minuto), trocando a marcha de maneira correta para ficar nesse patamar.
“Banguela” ladeira abaixo?
Nas descidas, conduzir o veículo em ponto morto, prática conhecida como “banguela”, além de muito perigoso para o caso de ser preciso frear, aumentando o risco de acidentes, não traz economia de combustível. Isso pode provocar desgaste excessivo no sistema de freio, principalmente em veículos mais pesados.