No primeiro semestre do ano, o valor das divisas com as exportações do agronegócio do Espírito Santo somou US$ 848,9 milhões de dólares, um crescimento de 8,8% em relação ao ano de 2022.
As maiores variações positivas entre os principais produtos sobre o valor comercializado foram para gengibre (+88,9%), celulose (+18,6%), café e derivados (+9,1%) e chocolates e preparados com cacau (+1,2%). Os três principais produtos da pauta das exportações do agronegócio capixaba (celulose, complexo cafeeiro e pimenta-do-reino) representaram mais de 92,9% do valor total comercializado de janeiro a junho deste ano.
O crescimento do volume comercializado no primeiro semestre foi devido a variações positivas do gengibre (+42%), café e derivados (+26,6%), pimenta-do-reino (+9,9%) e celulose (+11,5%), que compensaram a queda da quantidade exportada de mamão, carne de frango e peixes.
No comportamento dos preços médios internacionais, houve queda para pimenta-do-reino (-26,6%) e do complexo cafeeiro (-13,8%) e peixes (-9%), e alta de preços para carne de frango (+36,2%), gengibre (+33%) mamão (+22,2%) e celulose (+6,3%). A variação de volumes e preços se refere à comparação dos dados acumulados de janeiro a junho de 2023/2022.
“No acumulado do ano, alcançamos a ótima performance de US$ 848,9 milhões nas exportações do agro capixaba, o que nos faz estimar um montante de cerca de US$ 2 bilhões para esse ano, tendo em vista que esperamos um crescimento ainda maior no segundo semestre para vários produtos da nossa pauta de produtos comercializada em mais de 100 países”, afirmou o secretário de Estado da Agricultura, Abastecimento, Aquicultura e Pesca, Enio Bergoli.
O Espírito Santo foi o estado brasileiro com a maior exportação de pimenta-do-reino, mamão e gengibre, além de terceiro colocado na comercialização do complexo cafeeiro, envolvendo café cru em grãos, solúvel e torrado/moído.
“Um fator de destaque vai para a exportação de café solúvel capixaba, um produto de valor agregado que tem conquistado cada vez mais espaço no cenário internacional. O café solúvel ganhou tanta importância que atualmente já representa 7% das divisas obtidas com o comércio exterior. Somente no primeiro semestre, foram faturados US$ 55,3 milhões, índice 33,6% superior ao mesmo período do ano passado, e a tendência é de crescimento, tendo em vista a chegada de novas instalações industriais que consolidarão o Espírito Santo como o maior polo de produção e exportação de café solúvel do Brasil, em poucos anos”, explicou Bergoli.
A Secretaria da Agricultura, Abastecimento, Aquicultura e Pesca (Seag), por meio da Gerência de Dados e Análises (GDN/SEAG), realiza mensalmente um levantamento detalhado das exportações do agronegócio capixaba, a partir dos dados originais do Agrostat/Mapa e do Comexstat/MDIC.