Ela descobriu o amor pela música, que contribui no seu tratamento de autismo
Uma história de dedicação e amor
A equipe do jornal Folha da Vila gosta sempre de conhecer histórias de pessoas que se destacam em suas áreas.
Hoje, vamos conhecer a Isabela Milanez Amorim. Aos 21 anos, ela toca percussão no grupo Mineração, do Ifes de Nova Venécia.
Ela tem autismo em grau moderado, que foi diagnosticado aos 11 anos. Conversamos com a mãe dela, Jeseliany Milanez, sobre a futura grande percussionista.
Como foi o impacto do diagnóstico?
Inicialmente, Isabela foi diagnosticada com perda auditiva, pelo fato de não responder a estímulos. Depois de muito tempo sem êxito usando prótese auditiva, resolvi buscar uma segunda opinião, então veio o diagnóstico do autismo; até então não conhecia muito a respeito, foi quando procurei me informar para começar a lidar com uma pessoa autista.
Como foi a busca por tratamentos?
Através de profissionais que pudessem ajudar tanto a Isabela, quanto a mim, pois estava perdida sem saber como lidar com ela.
Com a idade e o tratamento, percebem avanços?
Sim, com certeza. Tenho visto muitos avanços em vários aspectos do autismo, muita superação.
Como é o convívio no dia a dia?
Ela faz crochê, umas peças lindas que vendemos por encomenda, a Isabela é muito inteligente, já faz as peças sem precisar de minha orientação a todo momento. Não dá pra romantizar o autismo. Temos muitos altos e baixos, muita perseverança, pois além do autismo Isabela também tem diabetes do tipo 1, o que dificulta muito.
Como a Isabela começou a tocar? Esse projeto foi o primeiro contato dela com um instrumento?
Antes já havia tentado fazer com que ela tocasse teclado, porém uma pessoa com autismo precisa de muitos estímulos para desenvolver. Agora, no Ifes, ela se identificou muito com o professor (Ademir Adeodato) e com todos os participantes do grupo de percussão.
Percebe impacto na vida dela após começar a tocar?
Sim, ela fica muito entusiasmada!Uma frase que um dia ela disse espontaneamente para mim foi: “Ela aprendeu, ela sabe tocar!”.
Fonte: Jeselyane Milanez
Texto original: Coluna Voz da Inclusão / Folha Vitória