O número de funcionários do Hospital Santa Rita com quadro respiratório semelhante à pneumonia aumentou para 33, segundo informações divulgadas pela instituição.
Entre os casos, três permanecem internados no hospital: dois em enfermaria, com evolução clínica favorável, e um em UTI, em estado grave, mas apresentando melhora nas últimas 24 horas.
Outros quatro funcionários estão internados em hospitais externos, enquanto os demais seguem acompanhamento ambulatorial com melhora progressiva.
Na última sexta-feira (25), o hospital havia informado que 26 funcionários — entre médicos, enfermeiros e técnicos — apresentavam sintomas respiratórios compatíveis com pneumonia, sendo que 19 necessitaram de internação: 14 no próprio Santa Rita e cinco em outras unidades de saúde.
Além dos profissionais de saúde, a Secretaria de Estado da Saúde (Sesa) confirmou neste domingo (27) que doze pacientes e acompanhantes também apresentaram sintomas semelhantes e estão recebendo tratamento hospitalar.
A origem do surto ainda é desconhecida. Amostras de sangue, urina e secreções, além de coletas ambientais de ar-condicionado, bebedouros e superfícies, estão sendo analisadas pelo Laboratório Central de Saúde Pública do Estado (Lacen-ES) para identificação da causa da infecção.
Nota técnica
Diante dos casos de infecção em funcionários do Hospital Santa Rita de Cássia, em Vitória, a Secretaria de Estado da Saúde (Sesa) divulgou, no domingo (26), uma nota técnica estabelecendo como devem ser feitas as notificações, quais exames devem ser realizados e as medidas de prevenção e controle a serem adotadas, enquanto o agente causador das infecções ainda é desconhecido.
O documento indica que o surto começou a ser investigado após o aumento de casos de síndrome respiratória aguda identificado no dia 19 de outubro. A Sesa e a Secretaria Municipal de Saúde de Vitória realizam coletas de amostras biológicas e ambientais para análises laboratoriais no Laboratório Central de Saúde Pública do Estado do Espírito Santo (Lacen-ES), que incluem exames para vírus respiratórios, bactérias, fungos e até sequenciamento genético, com o objetivo de identificar o agente envolvido.
Ainda não há confirmação sobre o que provocou as infecções nem sobre o modo de transmissão. Por isso, a Sesa recomenda que os hospitais adotem precauções máximas, incluindo o uso de máscaras, o isolamento de casos suspeitos e a limitação de visitas e da circulação de pessoas.
A nota técnica estabelece que deve ser considerado caso suspeito qualquer pessoa que tenha tido contato com o Hospital Santa Rita a partir de 20 de setembro e que apresente febre associada a sintomas como dor muscular, dor de cabeça e tosse. Casos que incluam sintomas gripais, como dor de garganta, coriza ou alterações de olfato e paladar, são descartados. As notificações devem ser feitas à Sesa em até 24 horas.