A candidatura de Weverson (PDT) à prefeitura da Serra, apoiada formalmente pelo PT e por partidos como PSOL, Rede, PV, PSB, PSDB, União Brasil, MDB e Podemos, levanta questões importantes entre os eleitores evangélicos. Com mais de 70% dos eleitores da cidade se identificando como cristãos, sendo uma grande parcela evangélicos, os temas morais e religiosos são decisivos no pleito municipal.
Um dos fatores mais delicados para esse público é o fato de que o plano de governo de Weverson inclui a abordagem de temas como sexualidade e diversidade nas escolas de educação infantil. Esse ponto, aliado ao apoio de partidos de esquerda que defendem pautas como os direitos da comunidade LGBTI+ e a descriminalização do aborto, entra em choque com os valores conservadores defendidos pelos evangélicos e pastores.
Nos bastidores das lideranças cristãs da Serra, tem havido um intenso debate sobre até que ponto apoiar Weverson é aceitável, considerando o alinhamento dele com essas pautas progressistas. Muitos pastores expressam preocupações quanto ao impacto que uma vitória de Weverson pode ter sobre a educação das crianças e sobre os valores tradicionais que eles defendem, o que coloca em risco uma possível alienação desse público. Por outro lado, parte do debate gira em torno da necessidade de diálogo e engajamento com o processo político, mesmo diante de discordâncias ideológicas.
A aliança de Weverson com o PT, PSOL e outros partidos progressistas, que frequentemente colocam essas questões em destaque, pode se tornar uma barreira significativa para conquistar o voto evangélico. Enquanto a campanha tenta equilibrar os compromissos com suas alianças partidárias, a resistência entre os líderes evangélicos é uma questão que o candidato precisará enfrentar se quiser ampliar seu apoio em um eleitorado predominantemente cristão e conservador.