A Câmara de Vila Velha rejeitou, na tarde desta segunda-feira (9), o veto do prefeito Arnaldinho Borgo (Podemos) ao projeto de Lei que aumentaria o seu próprio salário e também do vice-prefeito e dos secretários municipais. O aumento, aprovado anteriormente pela Câmara, só valerá para a próxima legislatura (2025-2028).
A matéria determinava que o salário do prefeito subisse dos atuais R$ 15.362,73 para R$ 29 mil, com um reajuste de 88,7%. Já os vencimentos do vice-prefeito ganhariam um aumento de 88,9%, saltando dos atuais R$ 13.356 para R$ 25.230.
O salário do secretários municipais, por sua vez, teria reajuste de 87%, passando de R$ 12.243,00 para R$ 22,9 mil.
Na sessão extraordinária desta segunda-feira, os vereadores optaram por derrubar o veto. Onze vereadores votaram a favor e apenas uma vereadora, Patrícia Crizanto (PSB), acompanhou a posição do prefeito a favor do veto.
Com a derrubada do veto, o projeto de lei será promulgado pelo presidente da Câmara Bruno Lorenzutti (MDB). “Não podemos ser hipócritas, um prefeito receber R$ 10 mil líquido para administrar uma cidade de R$ 2 bilhões. Um secretário receber R$ 8 mil líquidos? Isso é jogar pra plateia”, afirmou Lorenzutti, ao defender a proposta.
Em seu veto, Arnaldinho destacou os feitos da prefeitura durante o seu primeiro mandato, citando ações nas áreas de educação, esporte, lazer e infraestrutura — justificando o veto do projeto por não considerar ser este o momento ideal para o reajuste.
“Ante o atraso histórico herdado por outras gestões que nos antecederam, entendo que ainda há muitos investimos a serem feitos na nossa querida Vila Velha, especialmente aqueles que temos denominados de “extraordinários”. Dessa forma, neste momento, entendo não ser oportuno a sanção do projeto em questão, razão pela qual se impõe a decisão de veto total ao presente autógrafo de lei, que submeto à apreciação dessa Casa de Leis”, escreveu o prefeito.