O Projeto Cavalos-Marinhos, que nasceu no Rio de Janeiro há 23 anos e atua nas baías de Guanabara, Ilha Grande e Sepetiba, além de Búzios, Arraial do Cabo e Laguna de Araruama, na Região dos Lagos, leva sua expertise para o estado vizinho: um monitoramento inédito da população de cavalos-marinhos acaba de ser iniciado no Espírito Santo.
Equipes do Projeto Cavalos-Marinhos com pesquisadores locais da Universidade Federal do Espírito Santo estiveram em Vitória e Aracruz, onde registraram a presença da espécie Hippocampus reidi, conhecida como cavalo-marinho-do-focinho-longo. As áreas são consideradas importantes para a espécie e, até então, havia apenas ocorrências pontuais e poucos registros oficiais.
“Nunca houve um monitoramento efetivo dessas populações aqui no Espírito Santo, e pretendemos mudar isso a longo prazo. Nossas atividades começaram neste mês de novembro e, visando promover a conservação dos animais. Iremos realizar ações de monitoramento populacional, sensibilização ambiental e pesquisa científica inicialmente em três cidades: Vitória, Guarapari e Aracruz”, explica José Araújo Souto Neto, coordenador de campo e pesquisa do projeto no estado.
Os cavalos-marinhos estão globalmente ameaçados de extinção. Entre as principais pressões sobre essas populações estão a pesca predatória, a destruição de habitats como manguezais e recifes, a poluição e a captura para fins ornamentais.