Cada vez menos usados pelos brasileiros, os cheques passarão por mudanças a partir de 2 de outubro. O Banco Central e o Conselho Monetário Nacional (CMN) informaram nesta sexta-feira (5) que o modelo-padrão do meio de pagamento passará a ser convencionado pelas instituições financeiras.
A transferência na regulação do padrão dos cheques para os bancos acontece, segundo o BC, para oferecer mais flexibilidade e propiciar inovações no uso. Além disso, a ideia é que os ajustes proporcionem mais segurança e ajudem no combate às tentativas de fraude por criminosos que utilizam cheques falsos.
As mudanças, no entanto, não devem alterar significativamente as cédulas usadas pelos correntistas, já que isso criaria custos para os bancos. Segundo Antonio Guimarães, consultor do Departamento de Normas (Denor) do BC, uma das novidades devem ser a presença de um código de segurança no campo que identifica a agência em que o cliente tem conta, que funcionaria como ferramenta para checar se o cheque é legítimo.
Outra mudança é a que permite a inclusão do nome social do usuário em suas folhas de cheque. A inspiração para essa alteração veio do Pix, que já permite que os usuários utilizem o nome social.
Os interessados devem entrar em contato com as instituições financeiras com a qual tenham relacionamento para saber como proceder.
Dados do BC apontam que, entre 2011 e 2021, modelos convencionais como o cheque deram lugar a cartões de crédito e débito e, mais recentemente, ao Pix. Em 2011, com o mercado de smartphones e de tecnologia 3G engatinhando, foram realizadas 1,5 bilhão de transações através do cheque.
Em 2021, esse número despencou para 313 milhões. No ano passado, foram 202,8 milhões de operações, movimentando R$ 666 bilhões no país.