sexta-feira, 14 de fevereiro de 2025

Pouco mais de 1,5 milhão de capixabas participam da vacinação contra gripe

SA

 

A Campanha de Vacinação contra a Influenza, antecipada pelo Ministério da Saúde para março, terá no Espírito Santo 1.549.763 capixabas aptos a receberem a imunização contra a gripe neste ano.

As doses, que chegaram ao Estado na última sexta-feira (15), estão disponíveis para retirada dos municípios nesta segunda-feira (18). Os municípios, assim que retirarem as doses, já podem iniciar a campanha.

O Estado recebeu a primeira remessa de vacinas, com 14.800 doses de influenza. O envio de mais imunizantes ocorrerá ao longo da campanha para contemplar todos os grupos prioritários. Ela acontecerá até o dia 31 de maio de 2024.

Aos municípios que optarem pela realização de um dia “D” de mobilização, o órgão federal orienta que seja feito no dia 13 de abril. A expectativa é que o Estado possa superar a cobertura de 54% dos grupos prioritários do ano anterior, alcançando a meta preconizada pelo Ministério da Saúde que é de 90%.

A campanha tem como objetivo reduzir as complicações, as internações e a mortalidade decorrentes das infecções pelo vírus da influenza. Ela, que tradicionalmente é realizada em todo o Brasil entre os meses de abril e maio, neste ano terá início em março, em razão do aumento da circulação de vírus respiratórios no país.

A vacina utilizada é trivalente, ou seja, apresenta três tipos de cepas de vírus em combinação. Ela é atualizada anualmente, com objetivo de proteger contra os principais vírus em circulação no País, por isso a importância de atualização do esquema vacinal dos grupos prioritários, mesmo tendo tomado a dose no ano anterior.

Para este ano, as vacinas serão compostas pelas cepas: Influenza A/Victoria/4897/2022 (H1N1) pdm09; Influenza A/Thailand/8/2022 (H3N2); e Influenza B/Austria/1359417/2021 (B/linhagem Victoria).

As doses, assim que chegarem ao Estado, estarão disponíveis nas mais de 700 salas de vacinação.

 

Podem se vacinar:

Crianças de 6 meses a menores de 6 anos;

Crianças indígenas de 6 meses a menores de 9 anos;

Trabalhadores da Saúde;

Gestantes;

Puérperas;

Professores dos ensinos básico e superior;

Povos indígenas;

Idosos com 60 anos ou mais;

Pessoas em situação de rua;

Profissionais das forças de segurança e de salvamento;

Profissionais das Forças Armadas;

Pessoas com doenças crônicas não transmissíveis e outras condições clínicas especiais (independentemente da idade);

Pessoas com deficiência permanente;

Caminhoneiros;

Trabalhadores do transporte rodoviário coletivo (urbano e de longo curso);

Trabalhadores portuários;

Funcionários do sistema de privação de liberdade;

População privada de liberdade, além de adolescentes e jovens sob medidas socioeducativas (entre 12 e 21 anos).

 

Estado não alcançou cobertura preconizada em 2023

Pelo segundo ano consecutivo, o Espírito Santo ficou abaixo dos 90% de cobertura ideal preconizada pelo Ministério da Saúde em relação à imunização contra a influenza.

Com 54% na campanha de 2023, o Estado teve a 7ª pior cobertura do País, ficando atrás de Santa Catarina, Rondônia, Roraima, Rio Grande do Norte, Rio de Janeiro e Acre – as menores coberturas em ordem decrescente.

Nos anos anteriores, o Estado figurou entre as melhores coberturas entre os estados brasileiros, alcançando a 8ª posição em 2022, com 71,29%; o segundo lugar em 2021, com 89,97%; e o primeiro lugar em 2020, com 106,26%.

De acordo com a coordenadora do Programa Estadual de Imunizações e Vigilância das Doenças Imunopreveníveis (PEI), Danielle Grillo, a baixa adesão à campanha da gripe em 2023, e consequentemente a baixa cobertura, foram resultados da disseminação de desinformação.

“Tivemos muitos relatos de pessoas que acreditavam que se vacinassem contra a Influenza, recebiam a da Covid-19 também. Outras que acreditavam que ficariam gripadas ao se vacinar, entre outras desinformações”, explicou Grillo.

Para o cálculo de cobertura vacinal, levam-se em consideração os grupos de maior taxa de complicações, internações e mortalidade. São eles: crianças de 6 meses a menores de 6 anos, povos indígenas, gestantes, puérperas e idosos. A meta preconizada pelo órgão federal é de 90%.

“O Ministério da Saúde classifica esses grupos como prioritários para cobertura justamente devido à preocupação que eles trazem, por estarem mais suscetíveis ao caso grave da gripe, como a Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG), que pode levar à morte”, alertou a coordenadora. Em 2023, o Estado registrou 303 casos de SRAG, com 19 óbitos.

Danielle Grillo ressalta, entretanto, que o Espírito Santo já configurou entre as melhores coberturas de gripe do país durante anos e que o Programa Estadual de Imunizações, com os municípios, vem trabalhando e fortalecendo ações para que o alto índice volte.

 

Em 2023, as coberturas por grupos foram:

Crianças de 6 meses a menores de 6 anos: 59,76% (meta 90%)

Indígenas vivendo em terras indígenas: 77,39% (meta 90%)

Gestantes: 68,68% (meta 90%)

Puérperas: 37,11% (meta 90%)

Trabalhadores de saúde: 52,37% (meta 90%)

Professores: 39,26% (meta 90%)

Idosos (60 anos ou mais): 57,27% (meta 90%)

Cobertura total: 56,50% (meta 90%)

Para os demais grupos é monitorado o número de doses aplicadas. Ao todo, somando os grupos com meta (653.272 doses) e demais grupos prioritários (651.914 doses), o Estado totalizou 1.305.186 doses aplicadas em toda a campanha.

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