sexta-feira, 26 de julho de 2024

FV entrevista o Delegado Eugênio Ricas, Superintendente da Polícia Federal no ES destaca trabalho a frente da instituição

 

Delegado Eugênio Ricas, superintendente da Polícia Federal no ES destaca trabalho a frente da instituição

 

Ocupando desde julho de 2021 a Superintendência da Polícia Federal no Espírito Santo, Eugênio Coutinho Ricas, completou em junho 20 anos na Polícia Federal, tendo iniciado a carreira na Bahia.

Depois, se instalou no Espírito Santo onde, entre outras atuações, esteve à frente da “Operação Esfinge” que, em 2006, levou à prisão 17 pessoas acusadas de sonegação fiscal, entre os quais o advogado Beline José Salles Ramos. O delegado ainda atuou no Maranhão e em Minas Gerais para, em seguida, retornar ao Espírito Santo, mas cedido ao governo do Estado.

Ricas comandou duas secretarias: a de Justiça (Sejus), no primeiro mandato de Renato Casagrande (PSB), e de Controle e Transparência (Secont), já no terceiro governo de Paulo Hartung.

Ao sair do governo, o delegado assumiu o cargo de diretor de investigação e combate ao crime organizado da Polícia Federal, considerada a segunda mais importante posição da instituição no país. De Brasília, onde exerceu a função, foi chamado para ocupar o cargo de adido da PF nos Estados Unidos.

Ricas é casado e tem dois filhos. Nascido em Belo Horizonte, Minas Gerais, ele se considera capixaba de coração. Em entrevista ao site e jornal Folha da Vila, o delegado destacou seu trabalho na instituição e possibilidade de ser candidato em eleições.

 

Folha da Vila – Qual a importância da Superintendência da Polícia Federal no Espírito Santo?

Eugênio Ricas – É uma satisfação poder estar conversando com a sociedade capixaba, prestando contas, mostrando o trabalho que a Polícia Federal tem feito aqui no Estado. A Polícia Federal é reconhecidamente um dos órgãos mais que tem maior credibilidade perante a sociedade. Foi conquistado através de muito trabalho. Hoje, a Polícia Federal tem uma participação muito importante na área de segurança pública. Nós somos responsáveis por combater a corrupção, por combater crimes ambientais. Aqui no Estado a gente já fez grandes operações para combater os crimes ambientais. Às vezes as pessoas acham que só na Amazônia, onde tem a floresta amazônica ou outras características ambientais, tem crime. Mas não. Aqui no Espírito Santo também nós já fizemos operações para combater o tráfico de pau brasil, que era extraído de áreas de preservação ambiental e transformados em instrumentos musicais e depois mandado para a Europa e Estados Unidos.

Fizemos operações importantes na área de corrupção, combatendo a corrupção do tráfico de drogas. Nos últimos meses, nós aprendemos mais de duas toneladas de cocaína que no Espírito Santo, que é colocada em navios para serem mandadas para a Europa. Isso aí, obviamente, é um crime que é praticado por organizações criminosas e além de mandar cocaína, além de mandar drogas, também trafica armas e contribui pra essa violência que a gente tem visto aqui no Estado.

Trabalhamos também na área de crimes fazendários. Recentemente, a gente apreendeu um carregamento muito grande de cigarros que são falsificados, que são trazidos de forma ilegal do Paraguai. Trabalhamos no combate ao tráfico de armas. Isso também tem um impacto muito importante na vida das pessoas, porque a gente tem visto tiroteios recorrentes. Então a gente evita que essas armas cheguem aqui.

E por fim, que eu acho importante a gente mencionar na parte de combate aos crimes, a Polícia Federal ela montou em novembro de 2021, uma força integrada de combate ao crime organizado e uma Força Tarefa que hoje agrega o trabalho da Polícia Federal, da Polícia Rodoviária Federal, da Polícia Civil, da Polícia Penal e das Guardas Municipais. A gente também vai contar muito em breve com a participação da Polícia Militar. O governador já deu esse aceno, o governador aderiu a Força Tarefa. E essa Força Tarefa funciona justamente para combater a criminalidade violenta. Então, nós estamos investigando, estamos prendendo, estamos aprendendo drogas e armas. E o principal hoje já está mais do que provado que você só acaba com uma organização criminosa quando você tira o capital dessa organização criminosa.

Então você precisa identificar todos os recursos da organização. Dinheiro, automóveis, imóveis, embarcações, aeronaves. E quando você retira isso, aí você consegue vencer essa organização criminosa, porque o traficante não compra fiado. Ele não consegue ir lá na Bolívia para comprar cocaína e não pagar. Precisa ter dinheiro pra pagar. E para ele comprar um fuzil, ele precisa ter recurso pra pagar isso aí. Então, se você consegue aprender esse recurso, você mata essa organização criminosa.

 

Folha da Vila – Quais os serviços a população pode buscar na Polícia Federal?

Eugênio Ricas – Na parte de polícia administrativa, a Polícia Federal, ela é responsável pelo controle migratório. Então nós emitimos passaportes, nós fazemos o controle de estrangeiros, nós fazemos o controle da segurança privada. Então cada agência bancária é fiscalizada pela Polícia Federal, porque ela tem uma segurança privada. Nós fazemos o todos os processos de armas, seja de registro, seja de porte de arma. É a Polícia Federal que faz o controle de produtos químicos. São serviços que são prestados à população e que muitas vezes as pessoas nem sabem que é a Polícia Federal que faz.

Esse, de forma bem resumida, é o trabalho que a Polícia Federal vem prestando para a sociedade capixaba. E aí um último registro importante a Polícia Federal. Hoje ela monitora tudo. Nós temos o Índice de Produtividade Administrativa e o Índice de Produtividade Operacional. O Espírito Santo fechou o ano de 2022 em primeiro lugar no Índice de Produtividade Operacional. Em terceiro lugar, no Índice de Produtividade Administrativa. Esse Índice de Produtividade Operacional está sendo reformulado e hoje a Polícia Federal no Espírito Santo ocupa o primeiro lugar no Índice de Produtividade Administrativa.

 

Folha da Vila – No início do ano o senhor foi mantido como superintendente da Polícia Federal no Estado. O que isso representa?

Eugênio Ricas – Acredito que isso representa a identificação por parte da gestão macro da Polícia Federal, do nosso diretor geral, dos outros diretores. A identificação de que o Espírito Santo caminhava por um rumo bom, nós fechamos aqui. A Polícia Federal monitora todos os atos, todas as métricas, todos os índices. Então nós monitoramos a quantidade de droga apreendida. A quantidade de criminosos presos, a quantidade de armas apreendidas, o número de inquéritos e monitoramos também as atividades administrativas da Polícia Federal. Isso aí formam o Índice de Produtividade Operacional e o Índice de Produtividade Administrativa, que são ferramentas para você avaliar a gestão e para você dar condição ao gestor de corrigir rumos, de ver o que está eventualmente errado num ponto, o que precisa melhorar em outro ponto.

A Polícia Federal fechou o ano em primeiro lugar aqui no Espírito Santo, o primeiro lugar no Índice de Produtividade Operacional, em terceiro lugar, no Índice de Produtividade administrativa. E eu estou falando do Brasil inteiro. Para um Estado como o Espírito Santo, que é um Estado pequeno, isso não é pouca coisa. Atualmente, o Índice de Produtividade Operacional está sendo reformulado, mas o Espírito Santo em primeiro lugar no Índice de Produtividade Administrativa. Nós temos uma equipe que é de homens e de mulheres, policiais, contratados e administrativos que se dedicam muito ao trabalho em prol da sociedade. E eu acho que isso foi identificado pela gestão da Polícia Federal e acabou tomando essa decisão de me manter. E a gente continua fazendo esse belo trabalho em prol da sociedade capixaba.

 

Folha da Vila – Quais os objetivos da Força-Tarefa de Segurança Pública da Polícia Federal?

Eugênio Ricas – Força-tarefa é uma ferramenta que foi criada pelos americanos na Segunda Guerra Mundial, a Marinha americana, ou seja, a maior Marinha do mundo, uma das maiores superpotências do mundo na Segunda Guerra Mundial, identificou e sentiu a necessidade de unir forças para combater os inimigos, os nazistas. Isso foi feito. Deu muito certo. De lá para cá, outras forças militares passaram a usar e forças civis também passaram a utilizar esse modelo de força-tarefa.

Isso não é característica só do Espírito Santo. A Polícia Federal identificou esse modelo de atuação, colocando todas as polícias, todas as forças de segurança, trabalhando junto como um modelo muito eficaz para combater o crime violento. A Polícia Federal não tem a atribuição constitucional de combater o homicídio, de combater esse micro tráfico de drogas, mas a criação de forças-tarefas que são coordenadas de forma administrativa pela Polícia Federal, é uma forma da Polícia Federal contribuir com a segurança pública para combater esse crime violento. Isso foi feito aqui no Estado.

Hoje nós temos funcionando dentro da Superintendência da Polícia Federal, uma força-tarefa que chama FICCO (Força Integrada de Combate ao Crime Organizado), que é composta pela Polícia Federal, pela Polícia Rodoviária Federal E por todas as guardas civis da Região Metropolitana de Vitória. São cinco guardas civis: Vitória, Vila Velha, Serra, Cariacica e Viana, atuando junto e também com as forças de segurança do Estado, a Polícia Civil e a Polícia Penal. A gente acredita que muito em breve também a polícia, a Polícia Militar também vai estar trabalhando. E cada polícia dessa, cada agente de segurança que está aqui trabalhando, ele tem uma informação diferenciada, ele tem uma expertise diferenciada, ele tem acesso a sistemas que são particulares da sua instituição. E quando a gente coloca isso tudo junto e agrega isso aí.

A expertise da Polícia Federal, por exemplo, em investigações de crimes financeiros, evasão de divisas, lavagem de dinheiro, a gente cria uma força extraordinária para investigar o crime violento e esse é o nosso objetivo. Meu objetivo é dar uma contribuição na área de segurança pública para combater essa criminalidade violenta, combater as facções criminosas, combater esse crime que tem atingido, que tem afligido aí a vida de todos os capixabas.

 

Folha da Vila – A Força-Tarefa abrange a Grande Vitória. Há a possibilidade de ampliação para o interior do Estado?

Eugênio Ricas – Isso é viável. A gente tem conseguido bons resultados aqui na região metropolitana. Isso já foi inclusive falado em reuniões com as outras instituições que participam da força-tarefa. Então o governo do Estado, por exemplo, que tem capilaridade, que tem Polícia Militar, tem Polícia Civil, tem polícia penal. É possível a gente montar uma força tarefa semelhante à que atua aqui. É possível, inclusive, colocar a Polícia Civil fazendo a coordenação administrativa em outros estados, no Norte, no Sul. Isso é importante. Eu tenho dito sempre que isso é importante porque cada região tem uma característica de criminalidade que aflige mais as pessoas que moram ali.

Nós sabemos aqui que na região metropolitana tem essa criminalidade violenta. A gente tem visto em tiroteios, balas perdidas, pessoas que eventualmente acabam até morrendo em razão disso. Então, o foco aqui, obviamente, tem que ser essa criminalidade violenta. A força-tarefa tem que atuar evitando que as organizações criminosas recebam armas, recebam drogas, identificando a organização criminosa, prendendo essas pessoas e retirando o patrimônio dessas pessoas. Mas no Norte do Estado, por exemplo, a gente sabe que tem determinados momentos do ano em que há uma criminalidade ali ao redor daquelas comunidades agrícolas que trabalham com colheita e isso pode ser um objeto de investigação de uma força-tarefa ali para o Norte.

No Sul, nós sabemos que nós temos uma proximidade com o Rio de Janeiro e a gente pode sofrer com a criminalidade do local. Então, é possível sim criar modelos como esse, que nada mais é do que você colocar pessoas de instituições diferentes com um propósito, um tempo determinado e um objetivo. E isso dá certo, dá certo aqui no Espírito Santo, dá certo em Roraima, dá certo em Minas Gerais e nos Estados Unidos, É um modelo comprovadamente bem sucedido que é utilizado no mundo inteiro.

 

Folha da Vila – O que a Polícia Federal tem feito no combate ao tráfico internacional de drogas?

Eugênio Ricas – Hoje a Polícia Federal tem um trabalho muito intenso de combate ao tráfico de drogas. Nós sabemos que a cocaína não é produzida aqui no Brasil. Ela é produzida na Colômbia, na Bolívia e no Peru. Muitas vezes ela entra, ela atravessa todo o interior do Brasil, seja para abastecer o mercado interno. O Brasil, infelizmente, ocupa a segunda posição em maior mercado consumidor de cocaína do mundo e só perde para os Estados Unidos. E muita dessa droga atravessa o Brasil.

E nos portos ela é mandada para a Europa, para a África, para a Ásia. Hoje nós temos todos os estados da Polícia Federal contam com uma Delegacia de Repressão a Entorpecentes, que faz um trabalho forte para evitar que essa droga entre no Brasil. Nos últimos meses foram duas toneladas de cocaína apreendidas no Estado. Então, a gente trabalha muito com isso aqui no Estado.

Particularmente, nós recentemente construímos um canil. Hoje, gente já conta com cachorros, uma unidade de K-9 Canino para atuar farejando drogas, atuando nos aeroportos, identificando aquelas pessoas que tentam transportar droga ou que chegam aqui com droga para o mercado interno do Espírito Santo. Então, esse é um trabalho que tem sido feito com muita consistência e que tem contribuído também para a nossa segurança pública.

 

Folha da Vila – O que a Polícia Federal está fazendo para combater os crimes cibernéticos?

Eugênio Ricas – A questão dos crimes cibernéticos eu considero como talvez um dos maiores desafios da sociedade nesse momento atual. E a Polícia Federal está muito atenta a isso. Recentemente, nessa nova gestão da Polícia Federal, de janeiro para cá, foi criada uma nova estrutura na Polícia Federal, uma diretoria de combate aos crimes cibernéticos. Então, uma unidade importante como essa foi elevada ao status de diretoria. Nós temos um diretor que cuida dessa parte. Em cada uma das unidades do Brasil, cada uma das 27 superintendências, foi criada uma delegacia de combate aos crimes cibernéticos. Nós temos uma aqui no Espírito Santo e isso, isso aí contribui muito para a gente ter mais recursos, mais efetivo, mais material, mais softwares para combater esse crime. É um crime extremamente difícil.

As pessoas que praticam esse tipo de crime, normalmente se valem de provedores que estão hospedados em outros países, no Leste europeu, por exemplo, e isso dificulta a investigação. Não é uma investigação simples, mas a gente tem conseguido muitos bons resultados, seja na parte de exploração sexual de menores. Nós sabemos que isso movimenta muito recurso, Então não são monstros. São pessoas que praticam esse crime e que produzem imagens de exploração sexual de menores e depois disponibilizam essas imagens na internet, na deep web, na dark web, porque essas imagens valem dinheiro e é um absurdo. Mas é verdade. Tem pessoas que pagam por essas imagens.

A gente tem conseguido excelentes resultados. Quase toda semana a gente consegue identificar e prender uma pessoa aqui no Espírito Santo, que tem produzido, que tem consumido esse tipo de material. E a questão dos hackers que invadem, seja sistemas de órgãos públicos, que é a nossa atribuição, a gente tem conseguido também bons resultados nesse nesse campo. Então, assim, o simples fato da gente da Polícia Federal ter levado ao status de diretoria e ter criado uma unidade em cada estado, já demonstra o compromisso da Polícia Federal em reprimir esse tipo de crime, que é, sem dúvida, um dos maiores desafios da sociedade.

 

Folha da Vila – Outro tema importante é o combate ao tráfico de armas. A PF tem fechado o cerco aos traficantes de armas?

Eugênio Ricas – Historicamente, a Polícia Federal atua muito fortemente no tráfico de armas. A gente tem um mapeamento desse fenômeno do tráfico de armas. Durante muito tempo nós percebíamos que as armas longas vinham dos Estados Unidos. Em regra, as armas curtas vinham do Paraguai e a gente tinha um trabalho forte nisso aí para evitar que essas armas entrassem para prender. Temos parceria com os Estados Unidos, uma cooperação internacional importante. Temos uma parceria muito grande com Paraguai também pra evitar que isso aconteça. Dos últimos quatro anos pra cá, esse fenômeno ele deu uma alterada. Houve uma alteração legislativa que permitiu que as pessoas, principalmente os chamados cracks, os colecionadores, atiradores e caçadores, adquirissem muitas armas.

E aí o fenômeno do tráfico de armas, ele teve uma alteração. Pessoas passaram a comprar armas de forma legal e desviar essas armas para criminosos. Seja um laranjas que já eram contratados pelos criminosos pra comprar essas armas de forma legal e depois repassar para o tráfico de drogas, para as milícias, para os criminosos de forma geral. Ou seja, a pessoa que comprava mesmo, depois resolvia vender essa arma para os criminosos. Então, a Polícia Federal atua nessas duas frentes anteriormente, tentando evitar que as armas chegassem do Paraguai, dos Estados Unidos e agora identificando essas fraudes que muitas vezes são fraudes documentais, mas que fazem com que essas armas cheguem na mão dos criminosos.

A gente conseguiu aprender um fuzil novo, um fuzil 5,56 mm, que é uma arma de guerra e que foi adquirida dessa forma. Algum tempo atrás, nós fizemos uma operação contra o tráfico de drogas contra um dos maiores traficantes do Brasil, conhecido como Pablo Escobar brasileiro, o Major Carvalho, um traficante do Mato Grosso. E a gente conseguiu um mandado de prisão contra ele. Ele está preso na Hungria e a gente conseguiu um mandado de prisão contra ele. E a gente identificou que alguns traficantes ao redor dele também adquiriram armas pesadas através desse expediente de falsificação de documentos, compra através de cracks. Então a gente tem atuado dessa forma e, em paralelo, a gente montou aqui a força tarefa. Já mencionei isso. A Força Integrada de Combate ao Crime Organizado (FICCO), que também tem como foco evitar que essas armas cheguem aqui, identificar onde essas armas estão e aprender essas armas.

 

Folha da Vila – São 20 anos na Polícia Federal. Como o senhor avalia esse tempo numa instituição tão importante para a sociedade brasileira e capixaba?

Eugênio Ricas – Me considero um felizardo, uma pessoa realmente abençoada por Deus, porque escolhi uma profissão que me realiza muito. Tem 20 anos na Polícia Federal. Antes disso, fui policial civil no Mato Grosso por um período curto, mas mais também atuando na polícia. Acho que é a forma que eu tenho para contribuir com a sociedade, seja atuando hoje na gestão, conduzindo os rumos da Superintendência no Espírito Santo, seja atuando como policial. Eu me sinto uma pessoa muito realizada. Acho que quem atua nessa área da segurança pública, normalmente são profissionais, abnegados, profissionais que se dedicam muito e que cada um coloca ali um tijolinho para construir uma sociedade melhor. Eu enxergo dessa forma. Eu acho que eu estou fazendo a minha parte. Ninguém é melhor que ninguém. Cada um tem como missão de vida fazer a sua parte. E eu sou muito abençoado por poder fazer a minha.

 

Folha da Vila – No ano passado, chegou a ser cotado para disputar o governo do Estado. Existe a possibilidade de ser candidato nas eleições do próximo ano?

Folha da Vila – Não sou filiado a partido político e nunca fui filiado a partido político. É um requisito para você entrar na política partidária. Eu fico feliz do meu nome ter sido lembrado. Significa que eu estava fazendo uma coisa certa na gestão da Polícia Federal e as pessoas aqui no Brasil, quando você se destaca porque está fazendo um bom trabalho, as pessoas logo tentam te fazer candidato a algum cargo eletivo. Isso é um fenômeno comum. Eu enxergo a política partidária como uma política, como uma ferramenta civilizatória. A gente não tem outro caminho a não ser a política. Nós não podemos demonizar a política. O País precisa de pessoas boas na política, mas não é o meu caso.

Acho que eu contribuo muito mais para a sociedade fazendo uma gestão aqui na Polícia Federal, contribuindo para a segurança pública do Estado, do País. Tive a oportunidade de trabalhar em Brasília como diretor da Polícia Federal. Tive a oportunidade de trabalhar nos Estados Unidos por três anos, fazendo a cooperação internacional entre a Polícia Federal e os órgãos americanos FBI, DEA, CBP, com vários órgãos, e me sinto muito realizado por isso. Acho que o Brasil precisa muito de educação. A gente precisa educar os nossos jovens para que eles escolham bons candidatos. Mas eu não me vejo como um candidato. Eu me vejo realmente como homem de polícia, que faz a sua parte, contribui com a sociedade atuando na segurança pública.

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