Nesta quinta-feira (11), a Polícia Federal deflagrou a Operação Illicitus, para desarticular um esquema de fraudes na concessão de benefícios previdenciários, no Espírito Santo. Foram cumpridos cinco mandados de busca e apreensão e afastamento temporário de uma servidora do INSS.
A investigação teve início quando o Núcleo de Inteligência da Previdência Social identificou que uma servidora havia habilitado e deferido benefícios irregularmente, notadamente, processos instruídos com certidões falsas de casamento e em nome de beneficiário que já tinha morrido.
Diante dos fatos, a Força Tarefa Previdenciária, integrada pela Polícia Federal e Ministério da Previdência Social, iniciou uma varredura em processos com suspeita de irregularidades, sendo detectado que uma servidora do órgão realizava agendamentos fora do horário de expediente e utilizava dados cadastrais de uma despachante, também envolvida diretamente com a fraude.
As fraudes inicialmente identificadas, alcançaram a cifra de cerca de 200 mil reais, porém, com a o avanço da investigação, estima-se que esse valor pode chegar a casa de milhões de reais desviados dos cofres públicos. No entanto, a suspensão dos benefícios pode representar uma economia estimada em mais de R$ 1 milhão.
Os investigados poderão responder pela prática dos crimes de falsificação de documentos, uso de documentos falsos, estelionato previdenciário e inserção de dados falsos em sistema de informações.
Há 25 anos, a Força-Tarefa Previdenciária é integrada pelo Ministério da Previdência Social e pela Polícia Federal, que atuam em conjunto no combate a crimes estruturados contra o sistema previdenciário. No Ministério da Previdência Social, cabe à Coordenação-Geral de Inteligência da Previdência Social detectar e analisar os indícios de crimes e fraudes organizadas.