Um polo de inovação que terá atividades por toda a cidade foi lançado em Vila Velha na 28ª edição do Café Empresarial da Associação dos Empresários de Vila Velha (Assevila) nesta terça-feira (9).
O Vila Valley quer alcançar até 2029, 200 empresas parceiras, mais de 2 mil estudantes capacitados, e 10 parcerias internacionais.
Além disso, entre as metas para os próximos quatro anos do polo – ou hub – estão 150 startups incubadas e 100 aceleradas, 100 desafios públicos resolvidos e mais de R$ 50 milhões mobilizados.
O projeto terá como ponto de partida, a Casa Amarela, na Prainha, mas terá atividades em espaços por todas as regiões de Vila Velha.
O presidente da Assevila, Thomaz Tommasi, destacou que o prefeito Arnaldinho Borgo, há cerca de um ano, fez uma provocação de que a cidade deveria ter um hub de inovação, e que deveria estar localizado num lugar especial para que a inovação fosse conectada com a cultura.
“O José Luiz (Dantas, presidente da Universidade Vila Velha) estava presente. Ele é um visionário, e junto com o prefeito Arnaldinho, alinharam que nós da Assevila poderíamos estar juntos num ecossistema de inovação que vai impulsionar a inovação de Vila Velha”, disse.
O prefeito Arnaldinho Borgo afirmou que Vila Velha alcançará um futuro promissor nos próximos cinco a dez anos, e em consonância com essa visão, a prefeitura tem investido significativamente na educação do município.
“O que a gente tem plantado aqui no dia de hoje, a semente, ela vai germinar daqui a 10, 15, 20 anos. Mas quando germinar, vocês lembrarão de tudo que nós passamos, de tudo que nós estamos plantando. É uma política pública que nós estamos aqui lançando para a sociedade, em parceria com as instituições”, contou.
Arnaldinho disse que a oportunidade de inovar tem o objetivo de ter outros eixos para o desenvolvimento econômico e social de Vila Velha e do Estado. “Acredito muito que nós vamos alcançar esse objetivo diversificando a nossa economia e atraindo cada vez mais novos empreendedores e lideranças para Vila Velha”.
O governador do Estado, Renato Casagrande, classificou o lançamento do Vila Valley como um passo importantíssimo para a inovação.
“Conseguimos fazer com que o Estado caminhe em direção a ter uma economia mais sofisticada. Por muito tempo nossa economia foi muito dependente de exportação de commodities, e nos últimos anos a gente tem feito um trabalho para sofisticar, para poder tornar a nossa economia mais complexa, como o que a gente fez com relação ao incentivo que deu para ter uma fábrica de papel, mais fábricas de café solúvel, na atração da Marcopolo para cá, e estamos debatendo com a ArcelorMittal sobre o laminador de tiras a frio”.
Projeto tem eixos voltados para logística, economia criativa e turismo
O Vila Valley tem eixos voltados para a potencialidades de Vila Velha, e abordará pontos como logística, economia criativa, turismo, internacionalização, educação e saúde, segundo Eurípedes Pedrinha, diretor técnico do Sebrae no Estado.
“A qualidade de vida, a infraestrutura, a mobilidade, a renda, a inclusão social que nós desejamos para o Estado, e em especial para Vila Velha, dependem da nossa capacidade de inovar. E aí entra um grande desafio. O primeiro passo que precisa ser dado para que isso funcione é o estabelecimento de uma governança ativa, provocativa, propositiva, que acolha esse ambiente de inovação e que o anime, porque senão ele fica num campo de ideias”, explicou.
Uma das inspirações para o Vila Valley foi o Rio Innovation Week, onde espaços são credenciados e acontecem atividades ao longo de toda a cidade do Rio de Janeiro, destacou o pró-reitor de pesquisa, pós-graduação e extensão da Universidade Vila Velha (UVV), Alessandro Coutinho.
“Além disso, esse ecossístema já está conectado com planos estratégicos, como o Plano Estadual de Ciência e Tecnologia, Plano ES 500 Anos e o Plano Brasileiro de Inteligência Artificial”, disse.
O secretário de Estado da Ciência, Tecnologia, Inovação e Educação Profissional, Bruno Lamas, destacou que o projeto é lançado diante da revolução tecnológica que vem acontecendo.
“A Prainha hoje tem um ambiente favorável e conectando toda a cidade, porque o hub é somente o ponto de apoio, mas (o projeto) vai alcançar Vila Velha toda. A revolução já foi industrial agora a revolução que nós vivemos é rápida veloz com o uso de Inteligência Artificial e outras tecnologias”.
O secretário de Cultura de Vila Velha, Roberto Patrício Junior, disse que a expectativa é de que até meados de março a Casa Amarela esteja em total funcionamento.
“Vai ser um passo importante na cidade de Vila Velha para que a gente possa também fazer com que a nossa população entenda os trabalhos de inovação que são feitos para eles. Então essa tradução do que é inovação, do que é um hub de inovação, é o que a gente vai tentar fazer num local que tem um simbolismo muito grande para nossa cidade”.