O escritor Luiz Guilherme Santos Neves, morreu na manhã desta terça-feira (30), aos 90 anos, em Vitória. Ele teria falecido enquanto dormia. Luiz deixa a esposa Therezinha, as filhas Beatriz, Marize e Marília e quatro netos.
O Instituto Histórico e Geográfico do Espírito Santo fez um comunicado informando sobre o falecimento do associado. O sepultamento foi na tarde de terça-feira, no Cemitério Jardim da Paz, em Laranjeiras, na Serra. Há algum tempo, o escritor superou um câncer e estava bem.
Luiz Guilherme Santos Neves nasceu em Vitória, em 24 de setembro de 1933. Cresceu num ambiente propício à formação do futuro escritor e historiador. Seu pai, Guilherme Santos Neves, além de entusiasta pesquisador do folclore, foi um dos mais respeitados professores de seu tempo.
Luiz Guilherme formou-se em Direito pela Faculdade de Direito do Espírito Santo e em História pela Faculdade de Filosofia, Ciências e Letras do Espírito Santo. Foi professor de História em diversos colégios e lecionou História do Espírito Santo durante 26 anos na Universidade Federal do Espírito Santo.
Foi colaborador da revista Vida Capixaba, onde assinava a coluna “Escritório do Professor Nostradamus Júnior”, colaborou também no jornal A Gazeta, onde assinou a coluna “Literatura e História”.
Em 1977, publicou seu primeiro texto literário, Queimados, em que dramatiza a Insurreição do Queimado, ocorrida na Serra em 1849. A produção literária de Luiz Guilherme Santos Neves é extensa e nela se destacam os livros A nau decapitada, romance, 1982; As chamas na missa, romance, 1986; Torre do delírio, contos, 1992; História de Barbagato, infantil, 1996; O templo e a forca, romance, 1999; e Capitão do fim, romance, 2001.
É autor de crônicas publicadas nos mais diversos jornais e revistas da capital, escreveu também inúmeras obras didáticas e paradidáticas e de estudos e pesquisa histórica, algumas em parceria com Renato Pacheco, Léa Brígida de Alvarenga Rosa e seu irmão, o escritor Reinaldo Santos Neves.
Luiz Guilherme não era membro de nenhuma academia de artes. Era um assunto que não lhe interessava, segundo pessoas próximas.