Vitória é a capital brasileira que tem a maior fatia da população na classe A, ou seja, com renda mensal acima de R$ 25 mil: 9,5% do total de moradores fazem parte desse grupo social, segundo o estudo “Classes de Renda no Rio”, realizado pela Prefeitura do Rio, baseada em dados oficiais levantados pelo IBGE.
O baixo crescimento populacional e o território limitado de Vitória são fatores que explicam o aumento de pessoas na classe A, segundo Sérgio Vidigal, secretário de Estado do Desenvolvimento.
“No último censo do IBGE, Vitória teve crescimento de 0,98% da população, enquanto o Estado cresceu 9%. E Vitória é uma ilha. Esses fatores, aliados à boa infraestrutura da cidade, fez com que o metro quadrado de Vitória passasse a ser o mais caro do Espírito Santo. E, para morar em um lugar assim, você precisa ter uma renda mais alta”, frisou.
Vidigal aponta ainda que a tendência de Vitória é ter ainda mais mudança de moradores: “Quem aumenta a renda e pode morar na capital, vai se mudando para lá. E quem tem redução na renda, procura municípios vizinhos.”
A valorização imobiliária na capital capixaba intensifica a concentração da população com renda mais elevada na cidade, aponta José Carlos Buffon Jr, líder do comitê de conteúdo do Instituto Brasileiro de Executivos de Finanças no Espírito Santo (Ibef-ES).
“Vitória é uma capital pequena com grandes lançamentos imobiliários de alto padrão, que atraem as classes A e B e afugenta as demais classes sociais. Esse tipo de concentração de população mais abastada traz como consequência uma maior oferta de serviços e produtos de luxo”, enfatizou.
A circulação de serviços e mão de obra na capital é outro reflexo do aumento da população de classe A, diz José Carlos Bergamin, vice-presidente da Fecomércio-ES.
“Pessoas que moram em Vila Velha, Serra e Cariacica vão trabalhar em Vitória, prestar serviços. A maioria não mora na cidade, porque o custo de vida é alto.”
Ranking nacional
1º Vitória (ES) – 9,5%
2º Brasília (DF) – 8,8%
3º Rio de Janeiro (RJ) – 8,3%
4º Belém (PA) – 8,1%
5º Florianópolis (SC) – 7,9%
6º São Paulo (SP) – 7,5%
7º João Pessoa (PB) – 6,9%
8º Cuiabá (MT) – 6,4%
9º Curitiba (PR) – 6,4%
10º Belo Horizonte (MG) – 6,1%
11º Porto Alegre (RS) – 6%
12º Natal (RN) – 5,8%
13º Teresina (PI) – 4,7%
14º Goiânia (GO) – 4,7%
15º Palmas (TO) – 3,5%
16º Fortaleza (CE) – 3,2%
17º Campo Grande (MS) – 2,8%
18º Macapá (AP) – 2,7%
19º Boa Vista (RR) – 2,5%
20º Maceió (AL) – 2,3%
21º Salvador (BA) – 2,1%
22º Recife (PE) – 2,1%
23º São Luís (MA) – 1,6%
24º Manaus (AM) – 1,4%
25º Aracaju (SE) – 1,3%
26º Rio Branco (AC) – 1,1%
27º Porto Velho (RO) – 0,9%