33% dos brasileiros já mantiveram relação sexual sem preservativo sem parceria fixa. 64% da população não usa preservativo na relação sexual, diz estudo.
A informação é da Pesquisa Nacional de Saúde (PNS), divulgada em 2021 pelo IBGE. 0,6% da população com mais de 18 anos, o que equivaleria a aproximadamente 1 milhão de pessoas afirmaram ter diagnóstico médico de IST (infecção sexualmente transmissível) ao longo de 2019.
Já a taca de transmissão do vírus HIV no Brasil aumentou 21% enquanto sofreu uma queda de 16% no restante do mundo, segundo o Unaids (programa das Nações Unidas, desenvolvido para prevenir o avanço do HIV.
As camisinhas (preservativos) são de fundamental importância na redução da incidência de IST. Além de evitar gravidez indesejadas, já que a iniciação sexual no nosso país está acontecendo com cada vez menos idade.
Dados do Sistema de informações sobre Nascidos Vivos (Sinasc/SUS) mostram que um em cada sete nascimentos vem de mães adolescentes.
O mais recente estudo da Famivita revelou que 64% da população não tem como hábito usar preservativo na relação sexual.
Em se tratando da faixa etária, do total geral de integrantes do estudo, 72% apontaram não ter o costume de usar camisinha, na idade entre 40 a 44 anos. Referente ao grupo dos 25 aos 29 anos, 68% explicaram não fazer essa utilização. O estudo também trouxe a informação que 92% dos entrevistados têm ciência de que o preservativo evita as IST ‘s.
A evolução histórica do preservativo:
A primeira camisinha com reservatório para o esperma surgiu em 1901, nos Estados Unidos, mas a maior evolução delas ocorreu com aquelas feitas de látex, a partir de 1880. Elas eram mais finas do que as iniciais, de borracha, necessitando de um menor trabalho para serem produzidas.
Estima-se que em 1935 cerca de 1,5 milhão camisinhas foram comercializadas nos Estados Unidos. Nos períodos seguintes, contudo, elas caíram em desuso, principalmente após o advento da pílula anticoncepcional.
A partir de 1980, o HIV modificou a consciência mundial a respeito da sexualidade, principalmente quando se fala em sexo seguro. Assim, a camisinha voltou à cena, posto que é o único método capaz de reunir, em apenas uma ferramenta, a prevenção à gravidez indesejada e às infecções sexualmente transmissíveis.
No Brasil da década de 1980, por exemplo, começo da epidemia de HIV, os preservativos eram distribuídos apenas em datas específicas, como o Carnaval e o “Dia Mundial de Luta Contra Aids”, mas, de 1994 em diante, iniciou-se a distribuição ampla deles, por meio do Sistema Único de Saúde (SUS), facilitando o acesso da população.
Mas não adianta estar a disposição, é necessária a correta utilização do preservativo como forma de preservação da saúde sexual do indivíduo. Lembrando as mulheres que já temos também o preservativo feminino, então não fique refém do seu parceiro querer ou não usar a camisinha, use a feminina!
Cuide da sua saúde sexual!
Juliana Graça, sexóloga, palestrante, Terapeuta sexual, empreendedora da Juliana Graça Butique Íntima.
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