Um grande aliado no calor, o ar-condicionado é uma das principais causas da síndrome. Com cuidados simples, é possível proteger os olhos e evitar o problema
Com temperaturas acima dos 30 graus, o uso do ar-condicionado em ambientes fechados e com pouca ventilação, inclusive em casa, se torna mais comum. Porém, a exposição constante ao aparelho pode desencadear ou agravar problemas de saúde, como a síndrome do olho seco, que ocorre quando as glândulas lacrimais não conseguem manter os olhos adequadamente lubrificados.
O oftalmologista do Hospital de Olhos Vitória, Pedro Trés Vieira Gomes, explica que isso acontece porque o ar-condicionado reduz a umidade do ambiente, contribuindo para o ressecamento ocular. “Para refrigerar o ambiente, o aparelho retira a umidade, o que impacta na produção das glândulas lacrimais. A baixa umidade prejudica tanto a produção quanto a evaporação das lágrimas, resultando em sintomas como sensação de areia nos olhos, coceira, vermelhidão, visão embaçada e até dor”.
Além disso, o médico aponta que outros fatores também influenciam o surgimento da síndrome do olho seco. O uso de lentes de contato, por exemplo, reduz a lubrificação ocular. Já passar o dia em frente à tela do computador também agrava o problema, pois a frequência do piscar diminui e a posição dos olhos facilita a evaporação da lágrima.
Para prevenir a síndrome do olho seco, o primeiro passo é manter o corpo bem hidratado. “É importante reforçar a hidratação natural do corpo, ingerindo mais água. Fazer pausas regulares no uso do computador e procurar piscar mais ajuda a descansar os olhos e a preservar sua umidade natural. Também é recomendável usar umidificadores nos ambientes com ar-condicionado”, orienta doutor Pedro.
Sobre o uso de colírios lubrificantes, o oftalmologista faz um alerta: eles devem ser usados apenas com prescrição médica. “Os