O ex-governador do Espírito Santo Max Mauro morreu, na madrugada desta quinta-feira (14). O político estava internado desde o dia 16 de setembro para tratar uma pneumonia.
A morte foi anunciada pelo filho de Max Mauro, o ex-prefeito de Vila Velha, Max Filho (PSDB). Segundo ele, o pai faleceu dormindo, às 3 horas. A causa imediata foi insuficiência renal aguda, após 60 dias de internação.
“Escrevo estas palavras ao lado do seu corpo, ainda quente. Sou muito grato a Deus pela vida do meu pai e por todo amor que recebi. Agradeço a todos os profissionais que cuidaram do meu pai. Agradeço as visitas, as orações, a amizade e toda a torcida positiva por sua vida. Tudo isso revela o cuidado de Deus para conosco”, escreveu Max.
O ex-prefeito ainda afirmou que os detalhes do velório e sepultamento serão divulgados em breve.
Além de Max Mauro Filho, que além do nome herdou a vocação política do pai, Max Mauro deixa a filha Márgia, quatro netos, Mariana, João Pedro, Luísa e Davi, e quatro bisnetos, Zion, Levi, Ayla e Lana.
O político foi diagnosticado com Alzheimer há sete anos. Em 2024, passou por diversas internações até a última entrada em um hospital, há cerca de dois meses.
Nos últimos dias, teve um agravamento das condições cardíacas, neurológicas e renal após ocorrência de uma broncopneumonia, e já não conseguia se alimentar, mesmo por sonda.
Um boletim médico divulgado pela família do político no dia 5 de novembro já indicava que o paciente estava recebendo cuidados contínuos devido à gravidade do caso.
“O paciente segue sob cuidados contínuos da equipe médica e multidisciplinar, mantendo os agravos e a condição clínica geral de ontem (segunda-feira, 4)”, informou o comunicado.
Na manhã desta quinta-feira (14), Renato Casagrande, governador do Espírito Santo, lamentou a morte de Max Mauro.
“Quero deixar aqui meu registro sobre a vida dedicada à administração pública com a responsabilidade que o governador teve no período em que esteve à frente do governo, mas também em outras funções que exerceu. Ele sempre atuou com muita dignidade e seriedade, conduzindo, ao final dos seus quatro anos de governo, uma gestão muito reconhecida pela sua seriedade, dedicação e organização”, começou Casagrande.
O governador ainda exaltou o respeito conquistado por Max Mauro e afirmou que ele se tornou uma “referência para o nosso país”.
“Fica aqui minha solidariedade a todos os familiares e amigos que, neste momento, estão entristecidos. O que nos conforta é saber que ele ficará como exemplo e legado para que possamos conduzir uma boa vida pública, com muita responsabilidade, atendendo ao povo capixaba”, finalizou.
Trajetória
Max Mauro nasceu em Vila Velha, na Grande Vitória, em 11 de março de 1937, filho do também político Saturnino Rangel Mauro. Era médico, formado na Universidade Federal da Bahia (UFBA) no final da década de 50 (1957-1962).
Na política foi um dos fundadores do Movimento Democrático Brasileiro (MDB) no Espírito Santo. Foi prefeito de Vila Velha (1971 a 1973); deputado estadual (1975 a 1979); deputado federal em três mandatos (1979-1983, 1983-1987 e 1999-2003).
Como médico, sempre priorizou ações na área da saúde, tanto como prefeito quanto em seus mandatos legislativos.
Ocupou o cargo máximo do executivo estadual quando se elegeu governador do Espírito Santo, em 1987.
Se lançou novamente como candidato ao Palácio Anchieta (2002), para senador (2006) e para deputado estadual (2010), sem alcançar vitórias. Desde 2010, não disputou mais nenhuma eleição.